quinta-feira, 18 de agosto de 2011

[LIVRO] HQ Persépolis de Marjane Satrapi



Sinopse:

"Persépolis" é a autobiografia em quadrinhos da iraniana Marjane Satrapi e, nesta edição, é publicada em volume único, que reúne as quatro partes da história. Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita - apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares. Em "Persépolis", o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama - e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.

Sobre a autora:

Marjane Satrapi nasceu em Rasht, no Irã, em 1969. Aos dez anos de idade, assistiu à Revolução Islâmica, que conduziu os radicais ao poder e mergulhou o país num longo período de intolerância. "Persépolis" teve os direitos de publicação vendidos para quase vinte países, tornou-se um best-seller na Europa e nos Estados Unidos, e ganhou o prêmio de melhor história em quadrinhos da Feira de Frankfurt de 2004. 

(via Skoob)

Minha opinião:
Persépolis é uma autobiografia. Marjane tem a incrível capacidade de mostrar os momentos históricos pela ótica da idade que tinha quando os viveu. Quando criança, por exemplo, não era capaz de entender a totalidade das mudanças que a revolução provocava na sociedade. No texto, ela consegue retratar muito bem essa inocência. Não era sua intenção escrever um testemunho histórico. O que ela quis foi explicar sua formação pessoal. A influência do meio social iraniano, da revolução e ascensão dos aiatolás, o choque cultural quando chegou à Europa e como tudo isso formou seu caráter.



A coragem da autora em se expor é admirável. Suas neuras juvenis, os micos, as dúvidas, as inseguranças, os momentos de egoísmo... tudo que se espera de um ser humano real. É uma leitura leve e descontraída, mesmo com tanta violência e repressão como pano de fundo. O traço de Marjane ajuda nesse processo de suavização. É primário, infantil e estilizado. 

A Cia. das Letras lançou uma edição que reune a obra completa.Os interessados podem compra-la clicando AQUI.






André Mendes






2 comentários: