sábado, 27 de agosto de 2011

É sexta-feira dia do Baculejo!


O baculejo (gíria para busca pessoal) é um ato utilizado pela polícia para abordar suspeitos. O baculejo é feito por um policial ou um segurança de certos eventos e consiste na busca para localizar armas ou drogas que possam estar escondidas no corpo de um suspeito.
Procurando o significado desta palavra para começar a escrever meu post, eu levei um susto. O significado de Baculejo é diferente do significado que eu imaginava! Mas pensando melhor e refletindo sobre o assunto pensei que não há muita diferença de significados.
O baculejo para mim, era se misturar com todos sem distinção, era sair e ir a uma festa com pessoas de diferentes niveis. Era amanhecer,preocupar com nada. Pensando melhor “era amanhecer sem preocupar em levar um baculejo..” acho que a frase, exemplifica melhor o que é o baculejo na minha visão!

Esse pequeno cd mostra o ritmo do norte e nordeste do Brasil, vamos de forró, de calipso e de maracatu. Tudo isso com roupagem eletrônica. Com letras esculachadas, mas com fundamentos.
Aqui as bandas são bem variadas mais todas compartilhando de um ideal. A busca de uma música brasileira.


E ai vamos baculejar?

Dê o PLAY










Rafael Mota

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

[FILME/MINI-SÉRIE] This is England e This is England '86


This is England é um filme que mostra a cena skinhead nos anos 80 e também é o filme autobiográfico do diretor e roteirista Shane Meadows. Tendo como pano de fundo a Inglaterra dos anos 80. Em 1983 um garoto de doze anos de uma pequena cidade inglesa sofre a perda do pai na guerra das Malvinas. Isolado e vítima de bullying na escola, o garoto fica amigo de uma gangue de skinheads, mas a coisa vai ficando pesada quando um dos integrantes da gangue que acaba de sair da prisão passa para o grupo uma ideologia racista. A trilha sonora tem muito ska de gente como os Specials e The Upsetters, além de ótimas bandas dos anos 80 como Soft Cell e Dexy's Midnight Runners.





This is England '86 é uma mini-série (4 episódios) que narra a história dos personagens do filme This is England 3 anos depois, mais precisamente, no ano de 1986. Eles voltam a se encontrar, com algumas mudanças nos visuais e com a febre da Copa do Mundo que estava acontecendo naquela época no México.






André Mendes

domingo, 21 de agosto de 2011

25 Bandas que você PRECISA OUVIR em 2011.


Do hip-hop de Death Crips ao blues do Dirty Beaches. O semanário britânico NME publicou recentemente uma lista com 25 bandas que precisam ser ouvidas em 2011e agora "A Retórica" traz para vocês, um mix que foi disponibilizado junto com a lista e que contém as melhores faixas dessas 25 bandas.







André Mendes 

sábado, 20 de agosto de 2011

Antropofagia...

“É a capacidade de aglutinar essências da cultura estrangeira a favor da cultura nacional...”

É assim que começamos nossa viagem musical. Nesta “playlist” eu contei com o internacional. Um cardápio variado deste o recente Vitor Pirralho, e o mestre Chico Buarque. A disposição das músicas é importante na hora de ouvir. Coloquei um Prólogo e uma introdução para na terceira música comer a cultura estrangeira, não que a introdução não seja uma refeição, ela é um aperitivo.
Com o passar das músicas em especial a faixa quatro entra um grupo muito especial Forro in the dark.
 “...A banda brasileira Forró in the Dark, formada por músicos brasileiros residentes nos estados unidos, tem divulgado um forró irreverente, mesclando raízes do gênero com uma concepção moderna de música nova iorquina.
Com essa interação sonora, os meninos de Forro in the Dark têm ganhado cada vez mais espaço na mídia norte americana. Fazendo apresentações com grandes nomes no cenário musical, como David Byrne e Bebel Gilberto.
Mas não para por aí. Eles acabaram de retornar de uma turnê na Europa. E adivinhem o resultado? Sucesso, claro. Os europeus também não resistiram ao forte soar da zabumba brasileira e acabaram caindo na dança "coladinha" do forró.
Agora, Forro in the Dark, quer ser reconhecido no cenário musical brasileiro...”
 
 palavras de Drika Amaral do site Overmundo. Depois entra Felipe Cordeiro com seu Kitsch Cult Pop. O som do Felipe Cordeiro é fundamental para entender essa nova onda da música popular brasileira, que valoriza os sons do norte do país. E assim na faixa de numero oito chega um convidado para nosso jantar, Kubrick. Aqui ele é convidado pelo grupo Mama Cadela.  Na faixa onze entra  Dani Barra & Luciana Paes que fazem parte do tempero paulistano. 
E para terminar, comemos Mauricio Baia com a pertubadora Deus todo Poderoso....
Assim meus amigos não me culpem se houver uma indigestão!!
















Rafael Henrique.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Vitor Pi.

 “O homem que come self serve-se a si próprio”

Foi com seu Rap-repente antropofágico de origem afro-indígena sustentado na cultura alheia que Vitor Pirralho (Vitor Lucas Dias Barbosa) ganhou a graça, não só de artistas como Ney Matogrosso, Zeca Baleiro e Pedro Luiz, mas também de conselheiros, curadores, jurados e produtores dos projetos culturais mais respeitados do país. 
O Vitor Lucas Dias Barbosa é professor de literatura brasileira e língua portuguesa, em sua atividade diária entrou em contato com a Antropofagia oswaldiana e encontrou no discurso do Manifesto a inspiração para suas músicas. A partir daí entra em cena o Vitor Pirralho, rapper que assume o princípio da devoração crítica da cultura inimiga, para assim aprimorar a sua própria cultura.

Pirralho faz Rap, não no sentido restrito da palavra, ele faz Rap sem preconceitos. Sua música se utiliza de batidas eletrônicas que remetem ao estilo americano, no entanto, não se limita a isso, incorpora elementos regionais, africanos e jamaicanos. Seus temas são variados, mas com coerência, vão do social ao regional, do lingüístico ao paisagístico, do cultural ao desbunde. Uma verdadeira miscelânea rítmica e temática com sotaque alagoano.

A banda UNIDADE é composta por Pedro Ivo Euzébio (bateria e programações), Dinho Zampier (teclados), Luciano Rasta (percussão), André Meira (baixo) e Aldo Jones (guitarra).

 
Discografia
1-    Vitor Pirralho e Unidade - Devoração Crítica do Legado Universal (2008)

2-    Vitor Pirralho e Unidade - Pau-Brasil (2009).



Vitor Pi. disponibiliza seus cd's para download em seu site, 

então dê o PLAY

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

[LIVRO] HQ Persépolis de Marjane Satrapi



Sinopse:

"Persépolis" é a autobiografia em quadrinhos da iraniana Marjane Satrapi e, nesta edição, é publicada em volume único, que reúne as quatro partes da história. Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita - apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares. Em "Persépolis", o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama - e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.

Sobre a autora:

Marjane Satrapi nasceu em Rasht, no Irã, em 1969. Aos dez anos de idade, assistiu à Revolução Islâmica, que conduziu os radicais ao poder e mergulhou o país num longo período de intolerância. "Persépolis" teve os direitos de publicação vendidos para quase vinte países, tornou-se um best-seller na Europa e nos Estados Unidos, e ganhou o prêmio de melhor história em quadrinhos da Feira de Frankfurt de 2004. 

(via Skoob)

Minha opinião:
Persépolis é uma autobiografia. Marjane tem a incrível capacidade de mostrar os momentos históricos pela ótica da idade que tinha quando os viveu. Quando criança, por exemplo, não era capaz de entender a totalidade das mudanças que a revolução provocava na sociedade. No texto, ela consegue retratar muito bem essa inocência. Não era sua intenção escrever um testemunho histórico. O que ela quis foi explicar sua formação pessoal. A influência do meio social iraniano, da revolução e ascensão dos aiatolás, o choque cultural quando chegou à Europa e como tudo isso formou seu caráter.



A coragem da autora em se expor é admirável. Suas neuras juvenis, os micos, as dúvidas, as inseguranças, os momentos de egoísmo... tudo que se espera de um ser humano real. É uma leitura leve e descontraída, mesmo com tanta violência e repressão como pano de fundo. O traço de Marjane ajuda nesse processo de suavização. É primário, infantil e estilizado. 

A Cia. das Letras lançou uma edição que reune a obra completa.Os interessados podem compra-la clicando AQUI.






André Mendes






quarta-feira, 17 de agosto de 2011

[FILME] A Montanha Sagrada de Alejandro Jodorowsky


Uma jornada, física e psicológica. "A Montanha Sagrada" é um pesadelo, no melhor sentido que "pesadelo" pode adjetivar alguma coisa. Logo no início do filme, a primeira sequência dá o tom de como quase todo o filme vai ser dali pra frente. O protogonista, apenas creditado como o Alquimista, é encontrado desacordado por um alguém sem membros, é levado para uma cidade, sobe numa grande torre e de lá sai com uma missão para uma nova jornada, encontrar a Montanha Sagrada com mais 8 pessoas selecionadas, retirar o deuses que lá habitam para se tornarem imortais. Um história de crescimento, porém sem iluminação ou epifania, só o crescimento agregado com a viagem até a chegada na montanha. "A Montanha Sagrada" se vale por seu belíssimo trabalho visual em perfeita harmonia com a música, nas 2 horas de filme são raros os momentos de silêncio. Retomando a idéia do pesadelo, a jornada do Alquimista é entrecortada por viagens visuais carregadas de simbologias religiosas (e anda lado-a-lado com a profanação das mesmas), folclore latino, ficção científica, psicodelismo, como um grande painel com muitas partes distintas dentro de um mesmo contexto. Essa inquietude do pesadelo visual é o que prende o espectador no filme, mesmo que não tão interessado na história em si, mas ávido por compreender a sucessão de fatos e imagens colocadas na tela. Muito interessante a bem colocada participação especial (não creditada) de Frank Zappa, como um arauto americano entre colunas clássicas. "Montanha" é um filme grande em suas proporções, que é necessária quando se tem uma forma tão peculiar de contar uma história como essa. Os animais, a enorme quantidade de figurantes, a violência visual, tudo é grande, porém bem amarrado com seus significados. Historicamente falando "A Montanha Sagrada" é adequada ao ano que foi lançado (1973), o fim da Guerra do Vietnã e do Yom Kippur, a crise do petróleo, as secas na Califórnia, o movimento hippie se minguava mais e mais (ainda sofrendo com o atentado da família Manson) junto com o Flower Power perdendo cada vez mais seu espaço. As coisas estavam chegando ao fim, pelo menos na ótica de curto-prazo, e essa urgência de que o "fim está próximo" é bem retratado nessa viagem de ácido com uma câmera na mão onde quando o objetivo é alcançado o próprio filme se dá conta de seu papel: imagens. São imagens, presas num plano sem esperanças onde toda a forma de subversão (pelo menos aos olhos da moral) é transformada em diversão. No final das contas, nós espectadores, não somos muito diferentes dos turistas com as câmeras na feira. Olhamos os soldados, acompanhamos as histórias, vemos as progressões dos personagens ao longo da jornada, a violência as vezes gratuita, os banhos de sangue e todas as transgressões que o filme propôs, mas ainda estamos aqui, presos no plano de espectadores. Enquanto eles, continuam presos como imagens.






André Mendes